Falar sobre isso não é fácil

Antes de tudo, quero esclarecer: este não é um post para culpar ninguém. Esse é um post para reflexão sobre o que deu errado. Também não se trata de comparações entre países.
Fique comigo até o final.

Os Estados Unidos, a maior potência mundial, foi descoberto quase ao mesmo tempo que o Brasil. Ambos têm pouco mais de 500 anos: o Brasil foi descoberto em 1500 (524 anos) e os Estados Unidos em 1492 (532 anos). Essa não é a única semelhança.
Ambos têm extensões territoriais comparáveis — o Brasil com cerca de 8,5 milhões de km² e os Estados Unidos com 9,8 milhões de km² — e histórias marcadas por violência contra povos indígenas, escravidão e produção agrícola desde o início da colonização.

No entanto, o que fez com que esses dois países seguissem trajetórias tão diferentes em termos de potência econômica e ideológica, considerando as semelhanças em tempo, território e riquezas naturais?

Cerca de 30 anos após o estabelecimento da primeira colônia inglesa na América do Norte, os colonos trouxeram uma invenção revolucionária: a máquina de impressão, uma novidade alemã. Essa tecnologia foi instalada em Massachusetts, local onde, mais tarde, surgiria a Universidade de Harvard, reconhecida hoje como um dos maiores berços de talentos intelectuais do mundo.

A minha juventude e a de tantas gerações ao redor do mundo foram moldadas pelo conteúdo que nasceu nos Estados Unidos. Mas o detalhe mais impressionante é que, quando essa máquina chegou ao Novo Mundo, ela não imprimiu qualquer material.
Refletindo sobre isso, percebe-se algo grandioso: os primeiros materiais impressos foram a Bíblia Sagrada e sermões destinados aos colonos.

Enquanto isso, no Brasil, o cenário era bem diferente.
O rei de Portugal proibiu o acesso à impressão. Ele temia o surgimento de ideias divergentes. Assim, nossa “criança-Brasil” cresceu sufocada, sem o contato precoce com leitura de qualidade e educação.
Somente 300 anos após o descobrimento, a primeira máquina de impressão chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, e, para piorar, seus primeiros usos foram para registrar notícias cotidianas.
Talvez daí tenha surgido a cultura “Big Brother”, que infelizmente ainda encontra tanto apelo.

Antes que você comece a criticar nossos amigos portugueses ou lançar frases como “Devolvam nosso ouro” ou “Devolvam nossa educação”, quero propor outra abordagem.
É hora de assumirmos nossa parte.

Eu poderia usar várias desculpas para não escrever este texto. Poderia culpar a educação básica que recebi em uma escola municipal de uma pequena vila onde morava ou mencionar o fato de meu pai ser analfabeto, o que seria uma justificativa convincente. Embora essas dificuldades tenham me exigido mais esforço, elas não me impediram de avançar. Dificuldades não nos mutilam — a menos que permitamos.

Precisamos abandonar a posição de vítimas, seja em relação à educação ou a qualquer outra área. Assumir as rédeas da nossa vida valida a capacidade que temos de transformar nossa realidade, independentemente das circunstâncias.

E o que explica o conhecimento e a influência dos Estados Unidos? Uma pista importante está no lema estampado na cédula do dólar: In God We Trust (Em Deus Confiamos).
Não se trata apenas de ler — o conteúdo lido precisa ser de qualidade.

Os conceitos mais impactantes que moldaram o mundo e que nasceram na América têm uma fonte em comum: a Bíblia Sagrada.

Ideias sobre mente mestra, prosperidade, confissão e metodologias práticas têm suas raízes nas Escrituras Sagradas.
Costumo dizer que, se Deus reivindicasse direitos autorais, muitos dos maiores escritores americanos ficariam pobres. Eles se inspiraram na Bíblia, usaram seus conceitos, mas raramente citaram a fonte.

Alguns exemplos de livros que refletem princípios bíblicos:

  • Mente Mestra (Mentalidade)
  • O Segredo (Confissão)
  • Pai Rico, Pai Pobre (Doação)

Os conceitos mais transformadores que você já ouviu e que mudaram vidas estão na Bíblia Sagrada.

Retomando a questão inicial sobre a divergência entre os futuros do Brasil e dos Estados Unidos, a resposta é clara: o acesso à Bíblia Sagrada.
Desde o início da colonização inglesa, os protestantes tornaram a leitura das Escrituras acessível à maioria dos americanos. Já no Brasil, esse acesso foi tardio e restrito.

Se comparássemos os países a seres humanos, diríamos que os Estados Unidos começaram a serem educados aos três anos de idade, enquanto o Brasil só deu os primeiros passos aos trinta. Sabemos que é nos primeiros sete anos que o caráter de uma criança é formado.

Por isso, é urgente mudarmos nossa mentalidade. Isso só acontecerá com a leitura — e não qualquer leitura, mas aquela que alimenta a mente e o espírito. Quando consumimos bons conteúdos, nos capacitamos a gerar boas ações.

Por isso, Leia e Viva!
Assimilar conhecimento é apenas o primeiro passo; é na ação que se ganha vida e impacto.
@monica.alves.escritora

Compartilhe nas suas redes